quarta-feira, abril 06, 2005
"Endrogados" e "Zombies"
Porquê este título? - perguntam vocês.
E perguntam bem.
E passo a responder:
Ontem, dia 5 de Abril, fui pagar a mensalidade ao ATL do Regado. Quando saí de lá, de carro, passei ao largo do “Piolho” – famoso bar do amial e ponto de encontro de muitos indivíduos directamente relacionados com o título – e no lado oposto vi 2 tipos a jogar xadrez.
Contado assim não é estranho.
Pois não.
Vamos aos pormenores.
Como ia de carro, de passagem, a cena pareceu-me bem caricata nos poucos segundos que a consegui ver. De um lado uns 7 – 12 gajos com aspecto duvidoso à porta do Piolho, como é normal. Do outro lado, em pé, os 2 tipos a jogar xadrez. Um deles alto e magro, o outro mais baixo e com as pernas flectidas para contrabalançar um tabuleiro inclinado, pousado em cima de uns arbustos mirrados, com as respectivas peças de xadrez. O alto no lado da rua (mesmo na estrada) e o outro no lado da relva. Claro que o alto tinha vantagem com o seu ponto de vista mais abrangente. O baixo, com um aspecto nem bom nem mau, muito compenetrado no jogo, é nosso conhecido!
Poizé! Era o Serafim Coelho!
Quem diria.
O Serafim Coelho a jogar xadrez. Hehehe.
Este episódio caricato fez-me lembrar as “pauladas” que esse mesmo personagem apanhava e quase que chegava a dormir em pé em frente à Gelataria “Il Bimbo”. Quem não se lembra?
O gajo a dizer qualquer merda, as pernas e a cabeça a baixarem gradualmente, e os olhos parecia que tinham chumbo e rapidamente se fechavam. E ali estava ele a dormir. Um berro e retornava a posição erecta. Baixava novamente, com a subtileza de um hidráulico, mas alguém pisava o chão com mais força e lá se punha ele em pé. Segundos depois, relaxava novamente. Parecia um autêntico zombie. Só dava pra rir. Era como que um “alivador” humano. Subia e descia. Hehehe. Eu acho que ele chegava a sonhar nos poucos segundos que “relaxava”. Sonharia com quê? Talvez com a subidas e descidas das bolsas... das bolsas das mulheres que gamava de esticão, devia (de) ser...
O Mephysta-mos contou outro episódio hilariante.
Dois “zombies” a andar no passeio (dentro da velocidade que a moka lhes permitia), e um deles, o mais alto, a ler um qualquer jornal desportivo (em pleno andamento, imagine-se!). Mas aquele andar pausado em que as pernas nunca chegam a ficar esticadas, os tomates parece que são de chumbo e as costas arqueadas.
Entretanto, o que estava a ler o jornal resolve parar para mostrar uma notícia ao outro. Param os 2 a olhar para o jornal. Claro que o mais alto teve que se baixar ainda mais para que o outro pudesse ver. E lá estavam eles, com os focinhos (salvosejam) em cima do jornal. Passados uns segundos, e na certeza que o colega (é assim que eles se tratam) já teria lido, retoma o andamento. Dá uns quantos passos, olha pra trás, e lá estava o outro, semi-agachado, a dormir... Qual Serafim Coelho...
Depois de um berro, lá abre ele os olhos, levanta a cabeça ligeiramente e volta à lúgubre deambulação interrompida. Estes episódios tristes (figuras) mas cómicos (situação) repetiam-se muitas vezes.
Até me lembro de um que se mijou pelas pernas abaixo depois de lhe agarrarem os colarinhos.
Há muitas histórias destes, infelizmente, personagens do Amial e arredores de Portugal, e para isso pedia a vossa colaboração. “Amandem” crónicas de “endrogaria” e “zombiaria”, que os restantes leitores agradecem.
Apesar de tudo, dá pra rir.
Hehehehehe.
P.S. Aproveito para dizer que já rectifiquei os aniversários de Abril, e se algum faltar, avisem que eu "boto" lá. ;)
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9 comentários:
eu tb tenho uma estória!
uma vez eu ia na rua, e cruzei-me com um drogado, e depois cheguei à paragem e o autocarro chegou e fui para a escola.
coisas!...
aka IT
Sim Sr.
Grande ponto de referência do Regado: Sarafim Coelho...
Já foi dado como morto umas poucas de vezes , mas pelos vistos anda a aprender a jogar xadrez. Deve ser com o meu primo Emanuel (irmão do Nuno).hehehehe
De vez em quando via-o por aqui na Batalha todo pinoca e cheio de vontade de se agarrar à vida. Vinha ou ia para o trabalho.
Eu queria falar do títalo do teu poster. Conhecemos (passé composé) todos um, ao qual se aplicava os dois termos; zombi e endrogado.
Eu estava à espera, enquanto escrevia estas linhas, de me lembrar do nome do camano já falecido. Tal não acontece. Mas passo a descrever...
Era um gajo dos seus 40'as de bigode , gordo e baixinho meio loiro de casaco de ganga com manga arregaçada que parava por vezes no Bimbo. Acho que também dilava cenas "pó" pessoal no bairro de S. Tomé.
Dava cada xuto que se sentava na famosa casa da Mila e do Zé, o tal Bimbo, de cigarro aceso e começava a fechar a pestana até acordar com o peso da cabeça a levar o cigarro a encostar ao póprio braço.
Aí, levantava a cabeça vigorosamente e bufava ene porque aquela merda marcava-lhe o braço todo e devia doer mesmo anestesiado. E o ciclo repetia-se vezes sem conta..Era demais ver aquele panorama.
O Mephistofeles lembra-se do nome de certeza..
Se leres isto lembra-me do nome...
O canjas tb sabe se calhar...
Beijos
Boa Canjas..é (era) o Zé Gordo.
"Deus o tenha".
Tás muito falador:
"O nome é Zé Gordo"
Eu sei, eu sei...Tás a fazer encardenações...E cópias, muitas cópias...
Vocês fizeram-me recuar no tempo, uns anos largos! Como alguns de vós sabem, eu morei no famoso Bairro de São Tomé até aos 25 anos. Vi merdas muito más, para um puto de 10 anos, até por vezes traumáticas. Lembro-me de ver gajos a dar uns chutos e uns caldos à porta de minha casa, Vi o "Zé gordo", a correr à frente do meu pai, após este ter sido apanhado a mijar na minha entrada. Fiz muitas vezes o "Túnel", a correr sem olhar para os lados, sempre a pensar que não seria desta vez que me iriam apanhar, e que não iria ver mais merdas maradas.
Uma vez, vi o "Jorginho", a lutar com o "Vitor Gordo", um de vassoura na mão e outro de caixote da fruta, previamente gamado à Zulmirinha, que era a vendedora ambulante lá da zona.Lembro-me de juntamente com a minha irmã, andarmos a vêr quem acertava com mais cubos de gelo, na cebeça dos indromónicos. A minha irmã, ganhava... Havia lá outro maluco ao qual nós apelidávamos de "Carroças", gajo este que infelizmente, levava sempre uns banhos da minha mãe. Sim a Dona Julia, lavava a nossa varanda de 1,5 metros quadrados de mangueira, só que se esquecia de verificar se alguém estava aem baixo de minha casa. Meia volta, ouvia-se " Fodasse, que um gajo já nem pode tar sentado..."
enfim, indromónicos do caralho... Tenho saudades... Era porradinha da grossa todos os dias, portque havia sempre um que dava a banhada ao outro. Ahhhh, é verdade, assumo, sou um ex- operação sarrafo!
Biba a Dona Julia!!!!!
Ivo,andas a beber o que? LOL
Bombas, não me "alembro" de ver esse gajo...
Funky, desculpa se despertei traumas de infância, mas ainda podes ir ao psiquiatra, SARRAFEIRO! Operação sarrafo, que espetáculo! Lembro-me disso vagamente, mas sei que surtiu efeitos, heheheh.
ob lá a bever eu? atão ia apanhar o autobus e tudo!
tas-me a confundir!
o drogado é k passou por mim! quer se dizer já num posso ser, radical e coisa e tal ... soco!
aka IT
... até tinha aulas, era fisoco-quimicas, se num me engano!
tinha que meter no tubo de ensaio a nheha para estudar os espermatozindes!
aka IT
Pois pois... se não fosse a D. Júlia a dar-te uns banhos a ti tb "pela cabeçábaixo"...hoje podias ser tu à "luta" com a vassoura na mão.
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